Primitivamente a região era habitada pelos guaranis.
Quando se deu a descoberta do Brasil, a ilha de Jurerê-Mirim, depois dos Patos, mais tarde Santa Catarina - denominação dada por Sebastião Caboto, em 1526 - estava povoada pelos tupis-guaranis, pois nessa época já se havia dado a grande migração tupi pela zona litorânea.
O cruzamento do tupi-guarani com o europeu gerou o índio carijó, cujo significado é "o que vem do branco". Daí serem os índios catarinenses denominados, geralmente, por carijós.
Foi considerável o número de navegadores de várias nacionalidades que desde o início do século XVII visitaram a ilha. O bandeirante paulista Francisco Dias Velho, em 1673, enviou à ilha seu irmão José Dias Velho, com mais de 100 índios em sua companhia. E o sertanista tratou logo de erigir, no local onde hoje se ergue a Catedral Metropolitana, uma capela sob a invocação de Nossa Senhora do Desterro. Três anos mais tarde, Dias Velho obtinha a doação das terras de cultura na ilha.
Em 1687, Dias Velho prendeu a tripulação de um barco que conduzia prata, confiscando para a Fazenda Real os bens do mesmo. Um ano mais tarde voltaram os piratas que haviam escapado e, tomando de surpresa a povoação, destruíram as benfeitorias do fundador, que foi morto.
Terminou assim, tragicamente, em 1689, a povoação de Francisco Dias Velho. Verificou-se a deserção de quase todos os povoadores, inclusive índios e escravos negros, caindo Desterro no maior abandono.
Vinte e três anos depois chegou à ilha o navegador francês Amadèe Frèzier, lá encontrando apenas 15 sítios e 147 pessoas brancas, chefiadas pelo lisboeta Manoel Manso de Avelar. A ilha achava-se sob jurisdição de Brito Peixoto, capitão-mor de Laguna. Em 1717, tida como deserta, Sebastião da Veiga Cabral requereu-a em doação. E em 1720, quando de sua correição, o ouvidor Rafael Pires Pardinho encontrou somente 27 casas na ilha e continente fronteiriço.
A 23 de março de 1726, a povoação de Desterro era elevada à categoria de Vila, por ato do Doutor Antônio Alves Laines Peixoto, Ouvidor de Paranaguá, desligando-se de Laguna. O primeiro Capitão-Mor da vila foi o Mestre - de - Campo, honorário, Sebastião Rodrigues de Bragança.
Depois que o território catarinense foi desmembrado da Capitania de São Paulo - o que se deu em 11 de agosto de 1738 - a Metrópole reconheceu a conveniência de fortificar a ilha de Santa Catarina e tratar do seu povoamento. Para encarregar-se dessa missão foi designado o Brigadeiro José da Silva Paes, nomeado governador do Presídio, em 1739. Homem culto e de grande capacidade, deu logo inicio à construção da Casa do Governo, da Matriz e de quatro fortalezas que defendessem a vila. Quanto ao povoamento, em 1748, chegaram os primeiros casais açorianos, destinados à vida agrícola.
Em 1777, foi a ilha tomada pelos espanhóis comandados por D. Pedro de Zebalos, sendo restituída à Coroa Portuguêsa no ano seguinte, pelo tratado de Santo Ildefonso, que a reconheceu definitivamente de domínio lusitano.
Por Decreto Imperial, em 1823, foi a Vila de Desterro elevada à categoria de cidade. Em 1835, instalou-se a primeira Assembléia Legislativa Provincial.
Desterro viveu dias de grande agitação por ocasião da Guerra do Paraguai, para a qual se alistou grande número de patriotas, constituindo o 25º Batalhão dos Gloriosos Voluntários da Pátria.
Com o advento da República voltou à calma para, em 1893, ser convulsionada pela revolução federalista. Sede do governo revoltoso chefiado pelo Comandante Lorena, centro de convergência de todos os chefes rebeldes e de todos os caudilhos revoltados contra Floriano, foi em Desterro que se desencadeou depois, com o governo legal de Moreira César, o terrível ajuste de contas, que levou ao muro de fuzilamento inúmeros militares e civis.
No governo de Hercílio Luz, Desterro recebeu a denominação de Florianópolis, em homenagem a Floriano Peixoto, através da Lei estadual nº 111, de 1º de outubro de 1894.
Gentílico: florianopolitano
Formação Administrativa
Segundo o quadro administrativo do País, vigente em 31 de dezembro de 1967, o município é composto de 10 distritos: Florianópolis, Cachoeira do Bom Jesus, Canasvieiras, Ingleses do Rio Vermelho, Lagoa, Pântano do Sul, Ratones, Ribeirão da Ilha, Santo Antônio de Lisboa e São João do Rio Vermelho.
Fonte: IBGE
Bioma: Mata Atlântica
Densidade: 627,24 Habitantes por Km²
Gentílico: florianopolitano
População (em 2010): 421.240 Habitantes
Unidade Territorial: 671,578 Km²
Fonte: IBGE
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Terminal Rodoviário Rita Maria
Endereço: Av. Paulo Fontes Nº 1101 - CEP 88010-230
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