TIJUCAST SANTA CATARINA MONOGRAFIA - n.º 123 Ano: 1957
ASPECTOS HlSTÓRlCOS
Os Índios carijós, primitivos habitantes da região onde hoje se localiza o Município, designavam por Ty-Yuca o vale por onde corre o rio Tijucas. Esta teria sido a origem do topônimo.
As primeiras incursões de civilizados datam de 1530, quando Sebastião Caboto, navegante a serviço da Espanha, aportou na enseada da costa catarinense. Ao que parece, no entanto, a colonização só se iniciou mais tarde. Nomeado governador em 1775, o coronel Antônio da Gama providenciou fosse fundada uma povoação na enseada das Garoupas (Pôrto Belo), começando por distribuir moradores não só pelo próprio local como pelo território vizinho, onde se achava o atual Município. O número de habitantes era, então, pouco mais de quinhentas pessoas. O povoado nascente, ligado à paróquia de São Miguel recebeu a imigração açoreana, que influiu nos seus costumes.
Em 1788, um grupo de pessoas subiu o rio Tijucas em busca de pinheiros, demorando-se nesta exploração por mais de vinte dias. Embora não fosse alcançado o objetivo os desbravadores reconheceram a fertilidade do vale e constataram a existência de madeiras de lei, o que, atraindo outros exploradores, ensejou o desenvolvimento da aglomeração.
Por uma Resolução da Assembléia Provincial, em 1836 foram concedidas terras devolutas na região. Entre os beneficiados estavam Carlos Demaria e Henrique Schutel nessas terras, situadas à margem direita do rio Tijucas, a aproximadamente 30 quilômetros de sua foz, fundou-se uma colônia, denominada Nova Itália, com maioria de elementos italianos, oriundos principalmente da Sardenha. Um ataque de silvícolas em 1839, se bem que arrefecesse os animos, não prejudicou por muito tempo o progresso do território. Em 1848, foi criado o distrito de São Sebastião da Foz do Tijucas, segundo traçado já existente, do engenheiro João de Souza Melo e Alvim, que, anos antes, andara pelo mesmo terreno, fazendo o levantamento do rio Tijucas.
O comércio de madeira foi uma das principais causas do desenvolvimento do distrito alcançando o ponto máximo na terceira década deste século.
Atualmente, porém, a economia do Município baseia-se essencialmente na agricultura, e a produção de cana-de-açúcar tende a ser das principais nesse ramo.
Formação administrativo O Distrito foi criado pela Lei provincial n.º 71, de 4 de maio de 1848. O Município o foi quando da transferência da sede de Pôrto Belo para São Sebastião da Foz do Tijucas, efetuada segundo a Lei provincial n.º 464, de 4 de abril de 1859.
A comarca de Tijucas foi criada pela Lei provincial n.º 691, de 24 de julho de 1873. Constituída por um só termo, o de mesmo nome, formado pelos municípios de Tijucas e Pôrto Belo.
Segundo a divisão administrativa vigente a 31 de dezembro de 1956, o Município é composto de 6 distritos: Tijucas, Boiteuxburgo, Canelinha, Major, São João Batista e Tigipió.
Fonte: IBGE
Bioma: Mata Atlântica
Densidade: 111,69 Habitantes por Km²
Gentílico: tijucano
População (em 2010): 30.960 Habitantes
Unidade Territorial: 277,204 Km²
Fonte: IBGE
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