Foi assim denominada a localidade, desde o inicio, por terem sido encontrados e caçados dois filhotes de tigre, num riacho próximo à sede desse distrito, que dista 11 quilômetros da cidade de Maravilha.
A colonização iniciou em 1.945, sendo pioneiro Paulo Noll; seguido depois pelas famílias Schneider e Kohl. O 1º comerciante foi Alberto Kohl. Tanto a 1º serraria quanto o 1º moinho dessa localidade foram instalados por Guilherme Reckers que depois transferiu residência para a cidade de Maravilha, sendo muito conhecido por sua dedicação à cura através de chás, a medicina alternativa. Era nonagenário e conhecido como Nono Reckers. Faleceu em 25/05/2003. O Posto de Saúde de Tigrinhos foi instalado em 1.980 e a senhora Lierne Bernhard assou a atender, apesar dos parcos recursos e equipamentos, dentro do sistema de municipalização da saúde de então.
A historia deste distrito, fazendo parte do Município de Maravilha termina aqui. Em 30/05/1995, foi reconhecido como Município, passando a escolher o seu prefeito e eleger seus vereadores, tendo leis, orçamento e administração próprios, a partir de 1º de janeiro de 1997. Essa parte da historia, incluindo o processo, a criação, a instalação e estrutura do novo município ? mantendo o nome original de Tigrinhos ? será apresentada no item 2 deste capítulo: Três novos municípios; TIGRINHOS.
TRÊS NOVOS MUNICIPIOS
Quanto a febre emancipacionista que contagiou o Brasil, principalmente entre os anos de 1985-1995, Santa Catarina não perdeu tempo e entrou na corrida, passando do numero de 199 a 213 municípios, numa área territorial de 95.442,9 quilometros quadrados que compõe este Estado. Maravilha contribuiu com três: o primeiro emancipado em 1992, e os outros dois, em 1.995.
TIGRINHOS
No Brasil, com as novas leis que dizem respeito às emancipações introduzidas pela Carta Magna de 1988, houve uma onda de movimentos emancipacionistas. Por ser distrito ? instalado há mais de 30 anos ? Tigrinhos também foi considerado apto para isso, sendo constituída uma comissão com o objetivo de reivindicar a emancipação. Expostas as razões, a comunidade uniu-se, embora houvesse, antes, diversidade de interesses em jogo.
A comissão pró-emancipação de Tigrinhos escolheu como presidente o professor Fernando Martim. Compunham a diretoria, ainda, Cláudio Baczinski (secretario), Osni Diesel (2º secretario) e Jair Lowis (tesoureiro). O conselho fiscal era formado por Abílio Weber, Nelci Kluge, Lauri Beckert e Edemilson Manfrin.
Preparado pelo Poder Judiciário (TER), o plebiscito foi realizado no dia 19/03/1995, apresentando o seguinte resultado: eleitores da área de abrangência: 1.491; quorum 1.006. Desses, 927 votaram sim , 75 votaram não e 4 votos em branco. Depois de aprovada pela Assembléia Legislativa, o governador Paulo Afonso sancionou a Lei que cria o Município de Tigrinhos, no dia 29/09/1995.
A instalação oficial deu-se no 1º dia do ano de 1997, juntamente com a posse do 1º prefeito e dos vereadores que compunham a 1ª Legislatura, escolhidos democraticamente, através do voto direto e secreto, no dia 03/10/1996. Para prefeito foi formada uma coligação partidária (PSDB, PDT e PMDB), sendo apresentada chapa única, com Olívio Baczinski (PSDB) para prefeito e Osni Diesel (PMDB) para vice.
A primeira Câmara de vereadores foi composta por 9 titulares, sendo 4 do PMDB: Derli Antonio de Oliveira, Ivoni Simonetti, Celso Buratto, Ivo Ari Wachholz, Ricardo Debastiani, Antonio Marcos Grunewaldt, Sidani Lorena Kluge Honef e Izoldi Avani Zilke e Zelindo Fusinatto.
A segunda eleição para o executivo e o legislativo no Município de Tigrinhos acontecida no dia 1º de outubro de 2000, apresentou o seguinte resultado: pela chapa pura do PMDB, o candidato Derli Antonio de Oliveira, juntamente com seu vice Fernando Martim venceu as eleições para prefeito com 810 votos,contra 669 dados ao seu adversário, Sidnei Carlos Bernhardt; 11 votos brancos e 38 nulos. A Câmara de Vereadores ficou assim composta: 5 do PFL: Paulo Gabriel Kutzepa, Anolar Moser, Izoldi Avani Zilke, Orides Brambila, Ivo Luiz Honnef; 4 do PMDB, Ivo Ari Wachholz, Dejalma Santos Miorando, Silvenio João Schneider e Alnito Neu.
Numa área territorial de 57,2 quilometros quadrados, estão organizadas, no Município de Tigrinhos, 9 comunidades interioranas, tendo o nome de linha: Boa Esperança, Cabeceira do Tigrinhos, Coroa da Serra, Fátima, Lajeado do Tigre, Lajeado Trindade, Nova, São João e Secchi.
A economia é essencialmente agrícola, baseada na produção de milho, soja, feijão, fumo, além da bovinocultura de leite e suinocultura, avicultura e, em menor escala psicultura.
Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE TIGRINHOS
Autor do Histórico: ADRIANA BANDEIRA SEIBERT
Bioma: Mata Atlântica
Densidade: 30,59 Habitantes por Km²
Gentílico: tigrinhense
População (em 2010): 1.757 Habitantes
Unidade Territorial: 57,439 Km²
Fonte: IBGE
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